Melodyne.
Pra quem não sabe o que é, é um programa que afina a voz. Mal comparando, é um photoshop pra som. Menos apurado, mas a idéia é essa.

Quando a gente começou a gravar o disco, jurei pra mim mesma e para o Pepê que a gente não ia usar esse recurso. E o plano foi seguindo adiante. Gravamos as vozes e ouvimos com cuidado. Depois gravei outra vez algumas coisas que tinha reprovado.
E com isso foi ficando cada vez mais bacana.
Mas em alguns momentos uma micro-desafinação incomodava os ouvidos exigentes da cantora. E digo micro não por me gabar, mas sim porque fizemos tudo com calma e muito carinho.
Mas essa mesma micro-desafinação vinha envolta numa boa interpretação, emocionada. E então eu pensava: se a gente re-gravar, vai perder esse detalhe humano. Não quero ficar robô. Quero ser eu. Quero fazer igual no show.
Com isso, optamos por deixar esses momentos mais folgados e menos perfeitos, pois a perfeição nem sempre é o que mais gosto.

Com isso, surgiu a dúvida. Usar ou não usar? O Melodyne parecia um crânio shakespereano.

Decidi que ia usar. De forma bastante branda, mas vou usá-lo. Esse disco não é uma brincadeira. É tão profissional quanto o de qualquer profissional. E pelo que me consta, a esmagadora maioria dos profissionais usa.

Estou contra a opinião do Pepê e do Garrafa, produtores do disco.
Eles acham que a gente não deve usar. Mas respeitaram minha posição e por isso vou fazer eu mesma, no melhor estilo “só quem mexe na minha voz sou eu”.

Como não sou uma expert nesse programa, aliás, em programa nenhum, espero não ter desafinado muito!

Tenho pensado bastante em dinheiro.
Não que eu queira muito muito dinheiro Mas tenho ouvido da minha boquinha amada que vamos ficar ricos e eu confesso que sempre achei besteira isso que ele diz.
“Quero ser milionário”.
Mas ontem pensei bastante nisso e percebi que o dinheiro me traria mais felicidade.
Não acho que ele por si só adiante alguma coisa. Mas acompanhado de tudo que eu já tenho, com certeza me proporcionaria bons momentos!
Uma longa viagem a Europa, curtos fins-de-semana na Serra ou em Angra.
Isso, além do tempo livre que eu ia ganhar e de todas as roupas maravilhosas que eu ia comprar.
Filhos.
Espaço na mídia. Ia gastar pra ganhar depois. Jabazão mesmo! Por que não?

Dinheiro sozinho não traz felicidade, mas acompanhado de muito amor, com certeza me deixaria feliz.
E se a profecia Canonginiana se concretizar, eu juro que divido com os amigos!

Queridos leitores,
Na terça-feira finalizamos as gravações do disco. Ainda faltavam alguns acertos e o Flávio deu um pulo no estúdio do Gui e colocou um ponto final no disco.
Claro que as mix continuam firmes e fortes! Pepê é ultra cuidadoso e perfeccionista. Com isso, essa etapa fica um pouco demorada, mas vale a pena. Tudo que ele fez ficou maravilhoso.
Não achei que fosse conseguir um resultado tão próximo do que eu imaginava pro disco. Tudo está muito com a minha cara.

Também queria aproveitar o post pra comentar a minha banda nova, a All Cover.
To curtindo bastante a onda do repertório. Pra quem não sabe, é uma banda de baile, ou seja, só tocamos hits pra galera dançar.
Nos ensaios ainda não me soltei muito, do jeito que eu gosto e faço em shows, porque ainda to aprendendo o repertório. E haja repertório!
Mas vou aprender e acho que vou me divertir bastante.

To com saudade do palco. E a galera ta cobrando shows. Ai... não posso deixar a ansiedade tomar conta!
Vou aproveitar o Carnaval para descansar e estudar e depois... trabalhar muito!!!!!!

Falta de tempo, de grana, cansaço, administrar a disponibilidade dos músicos, e uma certa falta de programação.
Todos esses problemas fazem com que o nosso disco demore um tantão a mais pra ficar pronto que se eu fosse “só” cantora e bancada por uma gravadora ou selo.
Começamos a gravar em novembro de 2008 e cá estamos nós, em fevereiro de 2010, mais ou menos no meio das mix.
Lá pra março, se tudo correr bem, mandamos pra Máster e depois pra fábrica.

Mas ver o disco pronto, mixado, masterizado e duplicado, é só o primeiro passinho na direção da minha vida!