quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Acho muito engraçadas essas pessoas que contam tudo sobre si. Eu sempre pensei que eu fosse assim. E quando na verdade não sou.

Não tenho a menor necessidade de demonstrar nada sobre mim. Tem gente que me saca. Tem gente que não. E ainda existem ainda aqueles que acham que me sacam.

Acho tudo muito engraçado. Confesso, porém, que às vezes me irrito um pouco com as pré opiniões. Os estereótipos por eu ser cantora, por ter tatuagens, por ser assim, meio maluquinha. De maluca e boba não tenho nada. Quem sabe sabe.

A verdade é que não sou uma piscina funda. Mas também estou longe de ser rasa. Acho que não sou uma piscina. Sou um aquário. Posso ser vista por todos os lados. Mas pra conhecer por dentro tem que mergulhar. E todos os meus peixes e corais estarão coloridos e loucos pra serem vistos.

Só faço uma ressalva: leve uma escada, ou uma corda. Porque eu nunca me dei ao trabalho de criar uma saída.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Como me irrita a minha insignificância.
Olho pro céu e vejo milhões de estrelas e outros tantos astros e esses não são nem um centésimo dos milhões que existem. Estão lá e nem sabemos.
E no entanto cada pessoa é um universo dentro de si.
Eu sou um astro de órbita desconhecida. Talvez eu não tenha órbita. Nem eu sei.
Mas pra cada ano terrestre em mim se passam mil. Minha percepção de tempo é extrema e célere. Tenho muita pressa em viver e em saber mais sobre tudo.
Mas por que existem tantas coisas que nunca poderemos conhecer? Será que já não era suficiente essa Terra gigante que nunca será totalmente explorada que tenha que haver um universo inteiro pra demonstrar pros ridículos seres humanos que não somos nada?
Mas se não somos nada, por que estamos aqui?
O que me faz chegar à conclusão que somos alguma coisa sim e algo muito importante. Cada um de nós é essencial pra esse Universo. Por isso cada pensamento, cada gesto, cada ato que eu faço influencia todo o mundo, todos os mundos, todo mundo. Numa equação complexa um depende do outro. Então todos tratem de trabalhar bastante pra eu ser bem feliz e podem deixar que eu trabalho por vocês.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estava com muito medo de ouvir o disco outra vez. Isso pq ele foi concebido durante um momento muito diferente da minha vida. Achei que ele não faria sentido quando ouvisse novamente.
Hoje tomei coragem e ouvi. E nunca estive tão apaixonada pelo repertório.
E nunca pensei como esse título seria tão perfeito. O que nunca foi dito antes por nós dois.
Agora foi finalmente dito. Então depois a gente se beijou e foi-se o tempo do amor que não apelava pra razão.
Chega a ser engraçado ouvir uma em especial. Uma que chorei muuuito gravando. Se fosse hoje talvez nem conseguisse gravar.
Só discordo de uma coisa. Deixou semente. Que vou regar e cuidar com todo carinho do mundo. O vento não leva jamais.

http://www.myspace.com/georgeanabonow

domingo, 5 de setembro de 2010

Acabou chorare. Mais que nada, sai da minha frente que eu quero passar, no doce balanço a caminho do mar.
Só eu sei quanto amor eu guardei. Mas vida de moleque é vida boa. Vida de menino é maluquinha.

Não quero com isso dizer que o amor não é bom sentimento. Mas preciso aprender a ser só. Vou cantar. Vou me acabar! Uma força estranha no ar. Não posso parar.
Não me diz que eu to errada, que eu to seca, que eu to molhada. Eu quero ser feliz antes de mais nada. Let it be.

Há tantas pessoas especiais vestindo fantasias, parado em qualquer praia, na rua, na chuva ou na fazenda. Há flores em tudo que eu vejo. E meus olhos são espelhos d’água.

Bobeira é não viver a realidade. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, learn to fly, por um segundo mais feliz.

E dentro da menina, a menina dança. Até o sol raiar, até o sol raiar.